Quem já jogou The Legend of Zelda: Majora’s Mask sabe
que o jogo é um dos mais sombrios de toda a série, tanto por sua história,
quanto por seu clima apocalíptico, associado à mecânica de destruição do mundo
em três dias. Mas em setembro de 2010, uma história assustadora envolvendo o
jogo ultrapassou os limites da jogatina e se tornou imediatamente uma lenda
urbana.
Matt – ou Jadusable, seu nome na internet -, um
universitário que se mudou para um dormitório do campus onde estudava, ganhou
um Nintendo 64 extremamente velho de um amigo. Depois de cansar de jogar Super
Smash Bros, o único jogo que acompanhou o console, resolveu comprar outros
jogos. Durante um desses bazares que americanos organizam em suas garagens,
Matt teve a atenção chamada pelas coisas que um velhinho de dentes estragados
colocou à mostra. Eram basicamente pinturas de Rorschach, dessas usadas em testes
psicológicos. Matt perguntou ao velho se ele tinha alguma fita de videogame pra
vender. Depois de procurar entre as coisas que tinha ali expostas, o velho deu
pra Matt de graça uma fita cinza, somente escrita Majora’s Mask com caneta
permanente, que ele disse que pertencia a um garoto que não vivia mais por ali.
Quando começou a jogar Majora’s, Matt percebeu que o jogo já
possuía um arquivo chamado “BEN”, que ele deduziu que pertencia ao garoto que
fora dono do cartucho. Matt percebe que mesmo criando um novo arquivo e
colocando o nome dele de “Link”, todos no jogo o chamavam de “BEN”, o que ele
achou se tratar de um bug. Após deletar o arquivo “BEN” e tentar evitar que
houvesse mais interferências, outro possível bug surge: ninguém chama mais de
nada, surge um espaço em branco no lugar do nome. Sem dar importância ao fato,
ele decide tentar fazer um truque para ganhar mais um dia no jogo, o que
aumentaria o tempo de fazer as tarefas do jogo sem necessitar de fazer as
sucessivas viagens no tempo.
Mas a tentativa resultou no seguinte momento:
Ao voltar a jogar o cartucho – que ele já estava próximo de
classificar como amaldiçoado – Matt percebe que um novo arquivo chamado
“YOUTURN” surge, além da volta do arquivo “BEN”, que ele havia deletado. Ele decide
jogar o “BEN” e encontra o seguinte cenário:
Depois de jogar novamente e gravar um novo vídeo, Matt volta pra casa e dá o vídeo gravado pra um colega de quarto. Como era de se esperar, mais estranhezas, aparentes até mesmo para quem nunca jogou Zelda na vida.
Após mais um tempo, Matt posta um último vídeo, e nessa altura dos acontecimentos já acredita que BEN seja uma entidade presa no cartucho para atormentá-lo
“That won’t do any good” – Isso não vai fazer bem.
“You’ve met with a terrible fate, haven’t you?” – Você
encontrou um destino terrível, não?
Aparentemente essa estátua não deveria estar ali o seguindo,
muito menos aparecer sem ser invocada com uma das canções do jogo. Além dessa
estranheza, não é nem preciso comentar a tentativa e as sucessivas combustões
que Matt sofre ao tentar fazer o tal truque.
Matt decide investigar e vai até a casa onde comprou o jogo. Mas a propriedade estava a venda e o velho conseguira se mudar, solteiro, como sempre fora na vida. Ao continuar a perguntar, Matt descobre com um dos vizinhos que Ben era um garoto que morava na vizinhança e acabou morrendo no dia do seu aniversário, em um acidente
“Dawn of a new day” – Amanhecer de um novo dia.
Após
esse episódio de afogamento – e um Zora nunca se afoga -, o arquivo “YOUTURN”
havia sido renomeado para “DROWNED” (Afogado). Ele faz uma ligação com Ben e
afogado, imaginando que o menino havia morrido dessa forma. Ao jogar o novo
arquivo, algo virtualmente impossível acontece: ele vai parar numa área do
antecessor de Majora’s: Ocarina of Time
“You shouldn’t have
done that” – Você não devia ter feito isso.
“BEN is getting
lonely” – BEN está se sentindo sozinho.
“You will be given
one last chance” - Você terá uma segunda chance.
“Back to where it all
begun” – De volta aonde tudo começou.
“Come play with us” –
Venha brincar conosco.
Depois de jogar novamente e gravar um novo vídeo, Matt volta pra casa e dá o vídeo gravado pra um colega de quarto. Como era de se esperar, mais estranhezas, aparentes até mesmo para quem nunca jogou Zelda na vida.
“Keep this picture?”
– Guardar esta foto?
“Why is he smiling? The
father?” – Por que ele está sorrindo? O pai?
“A vessel that holds
wandering spirits rests here” – Um guardião que cuida de espíritos que ainda
vagam descansa aqui.
“It’ll be our little
secret, okay?” – Este será o nosso segredinho, okay?
“You can’t run” –
Você não pode correr.
“Please…Help me…” –
Por favor…Me ajude…
Após mais um tempo, Matt posta um último vídeo, e nessa altura dos acontecimentos já acredita que BEN seja uma entidade presa no cartucho para atormentá-lo
The counter resets” –
O contador zera.
“I’m glad you did
that” – Estou feliz por você ter feito isso.
Informações dizem que Matt queimou o cartucho após esse
vídeo, por crer que tudo aquilo jamais teria um final – esse último cenário que
aparece de relance no jogo pertence a casa de Link, em Ocarina of Time.
Obviamente que histórias assim surgem com certa frequência
no mundo dos games, inclusive na série Zelda. Uma outra que fez sucesso foi a
usuária “Ariana” que postou uma série de fotos falsas com ela encontrando e
usando a Triforce, e jogando no interior do Temple of Light, em Ocarina of
Time? Hacks desse tipo não são tão difíceis de serem feitos por usuários
experientes, e a direção que o caso acabou de tomar indica algo nesse sentido.“Matt”
retornou depois para anunciar que o “cartucho amaldiçoado de Majora’s Mask” é
parte de uma espécie de jogo em realidade aumentada (ARG) chamado Within
Hubri. Nele será possível enfrentar a “entidade” que estava presa no cartucho
de Majora’s.“O jogo em si não é o videogame tradicional (…). O problema é que a
fim de derrotar a entidade, você tem que baixar o jogo. Mas se os jogadores
fizerem o download do game, eles estão convidando a entidade para seus
computadores, assim como ‘Jadusable', e por isso devem esperar momentos
bastante perturbadores”, disse o autor do ARG.Um trailer do tal jogo foi
liberado, e como era de se esperar, não fala muita coisa, somente jogando
informações aleatórias com letreiros vazios..
-Milton(adm)
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